A irresponsabilidade do MEC com o ENEM

O MEC (ministério da Educação), representado pelo ministro  Abraham Weintraub, persiste em continuar com normalidade o calendário do exame, prejudicando milhões de Brasileiros que tiveram suas aulas e estudos interrompidos devido a gravidade da pandemia. 

Além das desigualdades sociais gritantes em nosso país, que impossibilita muitos estudantes de continuarem se preparando para a prova, ainda existe o fator do medo, das incertezas e do próprio luto.

O ministro atua de forma irresponsável, mas a irresponsabilidade não se restringe a pasta da educação. O mau caratismo compõem o atual governo, fruto de uma aliança golpista, que  se apoiou no discurso de ódio e na fake news para se eleger. 

Hoje, os ex-aliados e a própria justiça fala claramente em: "Gabinete do ódio". Coordenado diretamente do palácio do Planalto e congresso. A educação é um dos grandes alvos da atual gestão,  o próprio ministro Abraham Weintraub, pupilo de Olavo de Carvalho, deixa claro sua insatisfação com as políticas públicas de inclusão social,  como a política de cotas, cotas essas que amenizou a disparidade social na universidades públicas, garantindo o acesso a negro, indígenas, deficientes e pessoas de baixa renda ao ensino superior.

Atentam também contra o legado e história da educação, ameaçam Paulo Freire, o Patrono da Educação Brasileira. Sem fundamentos teóricos e críticos apenas por puro delírio.  E questiono, como pode Paulo Freire sair das escolas, se ele pouco nelas entrou? No ensino superior Paulo Freire é uma figura essencial, importante e lembrada mas no ensino médio é pouco conhecido. Devemos inclusive ampliar seus ensinamentos para que não reste dúvida alguma sobre sua importância.

Sendo assim, carecemos invocar essa pedagogia: a revolucionária, a do oprimido, a da autonomia e da esperança.

“A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade”—  Paulo Freire